Abstract:
O distanciamento familiar e a desnutrição de idosos institucionalizados em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) representam sérios desafios à promoção da saúde e da dignidade na velhice. O abandono, caracterizado pela ausência de apoio afetivo, financeiro e social por parte da família ou responsáveis, é uma realidade comum nesses ambientes e está diretamente associado ao aumento da vulnerabilidade física e emocional do idoso. Essa condição favorece o surgimento de quadros de desnutrição, uma vez que o estado nutricional está fortemente influenciado por fatores emocionais, sociais e pelo nível de cuidado recebido. O presente estudo objetivou relatar a experiência vivenciada com idosos de uma Instituições de Longa Permanência para Idosos do município de Canoas, RS. As atividades ocorreram entre os meses de agosto de 2024 a outubro de 2024. Observou-se que o processo de institucionalização pode acarretar diversos problemas que podem vir a comprometer a qualidade de vida do idoso. A ausência do vínculo familiar e afetivo pode contribuir ainda mais para a perda de apetite e o isolamento social, reforçando o ciclo da desnutrição conforme relatado na experiência. Diante desse cenário, o papel do nutricionista torna-se essencial na triagem nutricional sistemática, no planejamento de cardápios adaptados às necessidades dos idosos e na implementação de estratégias de reabilitação nutricional. A atuação interdisciplinar nas ILPIs, aliada a políticas públicas eficazes, é fundamental para garantir o envelhecimento digno, saudável e com qualidade de vida.