Abstract:
A pesquisa aborda o período dos 50 (cinquenta) primeiros anos do Instituto Pestalozzi sob a
orientação de seus fundadores, Thiago e Joana Würth com intuito de compreender a gestão
administrativa familiar, através das reminiscências do professor Thiago Würth e memoria oral
familiar. Para nortear a investigação, formulei os seguintes problemas: Quais lembranças os
familiares têm sobre a obra assistencial? A partir destas lembranças, para seus descendentes,
qual ideário fundamentou a obra educacional de Thiago e Johanna Würth para alunos com
deficiência? Como se deu a transmissão desse ideário para as gerações de Thiago e Johanna
Würth? A partir das leituras das referências teóricas da memória, como Halbwachs, Pollak,
Aleida Assmann e Tedesco, estabeleci um diálogo entre os conceitos, sua importância e
pertinência para o campo da pesquisa, além de acolher o estudo de Mintzberg, com intuito de
analisar a trajetória dos fundadores do Instituto Pestalozzi, no período de 1926 até 1979, sob a
perspectiva de memórias familiares. Esta pesquisa é de cunho exploratório, qualitativo e como
método de investigação debruçou-se no período de 1926 até 1979 do Instituto Pestalozzi,
utilizando as seguintes fontes de coletas de dados: a) documentos do acervo particular de
Thiago Würth; b) depoimentos orais colhidos através de entrevistas narrativa individual em
profundidade. Com base nisso, a presente dissertação descreve a trajetória da obra social na
vigência de seus fundadores capitaneando fontes fidedignas na construção deste ideário,
semente de novas escolas auxiliares de ensino especial. Relatando a titularidade da obra
educacional canoense, primeira escola para alunos com deficiência, com intuito de incluí-la
na historiografia educacional brasileira.