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Esta dissertação, orientou-se pela metodologia estudo de caso, de natureza
qualitativa e dialética com o propósito de dialogar com as teorias de aprendizagem
e de alfabetização e a prática pedagógica com crianças em defasagem escolar, no
3° ano do Ensino Fundamental, em escola da rede municipal de Canoas, Rio
Grande do Sul. Esse diálogo foi tensionado pela problemática: Quais relações os
estudantes em processo de alfabetização, em defasagem escolar, estabelecem
com a língua escrita na escola e nas demais vivências sociais cotidianas? Tendo
como objetivo, Identificar aspectos nos processos de alfabetização de estudantes,
em defasagem escolar, que indiquem as relações destes com a língua escrita
ensinada na escola e nas demais vivências sociais, com vistas na superação das
dificuldades. Assim, o estudo vinculou-se à linha de pesquisa Culturas, Linguagens
e Tecnologias na Educação, sob a perspectiva dos principais conceitos elaborados
por Vigotskii1
(1991, 2001, 2009; 2010), articulados com a Psicogênese da Língua
Escrita de Ferreiro e Teberosky (1999), Ferreiro (2001, 2005; 2017), os aspectos
linguísticos propostos por Cagliari (2009) e a relação entre o saber e a mobilização
da atividade intelectual, discutidas por Charlot (2014, 2005, 2006). A análise de
dados resultou em reflexões sobre processos de alfabetização de crianças em
defasagem escolar, a partir de tensionamentos entre saberes destes estudantes e
escrita escolar, apontando aspectos potencializadores do processo em interações
com escritas contextuais e textos literários, vislumbrando possibilidades de
aproximação entre interpretações infantis sobre a língua, ensino sistematizados e
os provenientes da realidade social como: nomes, placas, bilhetes, convites,
cartazes, encartes, rótulos, embalagens. Assim, propomos o diálogo entre os
conhecimentos como forma de contribuir com a mobilização da atividade intelectual
do estudante e de legitimá-lo no mundo da cultura escrita. |
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