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A presente dissertação se insere na linha de pesquisa 1 – Formação de Professores, Teorias e
Práticas Educativas – do Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado Acadêmico, da
Universidade La Salle (Unilasalle) e está vinculada ao Grupo de Pesquisa em Educação
Intercultural (GPEI). O objetivo deste estudo centrou-se em: Compreender de que maneira o
mal-estar docente, repercute no protagonismo em sala de aula, em relação a qualidade da
prática pedagógica. Tal propósito, também considerou o contexto pandêmico vivenciado
pelos docentes, no período de realização deste estudo. Assim, esta pesquisa compreendeu as
condições de trabalho docente e sua dinâmica no contexto educativo, estabelecendo relações
entre o mal-estar docente, profissionalismo e profissionalidade. Para a fundamentação teórica
foram utilizados alguns autores como Esteve (1999), Nóvoa (2002), Codo (2006) e outros. O
estudo pautou-se por um levantamento bibliográfico, complementado por entrevista e grupo
focal. Os participantes da pesquisa foram professores de uma escola pública, localizada na
região metropolitana de Porto Alegre que atuam com os anos finais do ensino fundamental.
Os dados produzidos foram trabalhados de acordo com as etapas da Análise de Conteúdo
(BARDIN, 2011). Dentre as questões que o estudo permitiu observar, destacam-se: o impacto
da política neoliberal na profissão docente, a sobrecarga de trabalho, desvalorização docente,
bem como o adoecimento dos professores. A compreensão do fenômeno no âmbito
profissional docente, possibilitou projetar ações como, por exemplo, o Programa Saúde na
Escola (PSE), procurando atender as demandas referentes a saúde e bem-estar dos
professores. Espaços de escuta aos docentes na instituição escolar que trabalham, oferecendo
apoio e acolhimento. Orientações para que os professores desenvolvam o cuidado de si como
pessoas humanas e que o trabalho possa ser um exercício de humanização. Formação contínua
entre pares, voltada para construção da identidade docente e aprimoramento profissional.
Valorização salarial e profissional, por parte dos gestores, considerando o que já preconizam
políticas públicas neste campo. Essas ações poderiam contribuir para minimizar os efeitos do
mal-estar docente, incentivando a prevenção e à promoção do bem-estar. |
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