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O trabalho investiga as produções discentes de teses e dissertações no Brasil acerca da educação
do campo voltadas para a inclusão digital dos estudantes de escolas em comunidades
ribeirinhas. A pesquisa está vinculada à linha de pesquisa culturas, linguagens e tecnologias na
educação e faz parte do Núcleo de Estudos sobre Tecnologias na Educação (NETE/CNPq),
sendo de natureza qualitativa e exploratória. Adotamos a abordagem hermenêutica para a
revisão de literatura, no sentido de compreender os caminhos possíveis de pesquisa para a
escola ribeirinha, em meio às tecnologias digitais. A pesquisa traz o contexto histórico da
Educação do Campo no Brasil e os dispositivos legais que amparam essa modalidade de ensino.
Buscamos, uma visão mais específica sobre as escolas do campo e suas especificidades no
contexto Amazônico. Além disso, propomos identificar as dificuldades de acesso à internet e
aos programas de inclusão digital em comunidades ribeirinhas na zona rural de Manaus, tendo
em vista as políticas públicas para a educação do campo dentro do contexto amazônico.
Também, destacamos no estudo a pandemia da COVID-19, que impactou a Educação do
Campo, principalmente na região norte do Brasil. A problemática gira em torno de identificar
como as tecnologias digitais se fazem presentes no cenário educacional das escolas ribeirinhas
e quais as novas perspectivas educacionais de inclusão digital dos estudantes e comunidades
rurais. Com isso, o estudo mapeou as produções discentes de teses e dissertações, na Biblioteca
Digital Brasileira de Teses e Dissertações, a partir das palavras-chave: Escola do Campo,
Inclusão Digital, Tecnologias Digitais, buscando compreender os trabalhos que estão sendo
produzidos para pensar as problemáticas contemporâneas. As tecnologias têm um papel
educativo complementar e intrínseco ao contexto cultural, pois promovem o acesso às
informações e conhecimentos digitalizados, o encontro com as diferenças, processos de
articulação com o saber histórico em produção, circulação, uso e reconstrução de ideias e de
práticas interpessoais, flexibilizando as relações de mundos, desestabilizando hierarquias e
relações de transmissão cultural. Autores como Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão,
Miguel Arroyo, Dermeval Saviani, Roseli Salete Caldart, Jacques Zanidê Gauthier, Lucia
Santaella, Vani Kenski, Maria Helena Silveira Bonilla, Nelson de Luca Pretto, entre outros,
norteiam as referências teóricas envolvidas no estudo. Concluímos sobre a necessidade de mais
pesquisas acerca da temática da educação do campo e ribeirinha, principalmente, porque são
poucas as produções científicas na área e são escassos os projetos educativos de inclusão digital
associados à realidade social e aos processos permanentes de formação/transformação humana. |
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