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O Tema aborda a emergência do empreendedorismo no Ensino Médio. Este nível de ensino
apresenta inúmeros desafios tais como: baixos índices de qualidade e altos índices de evasão
escolar, bem como, currículos escolares defasados e desatualizados. Diante desse cenário, está
sendo implantado o Novo Ensino Médio (NEM), de acordo com a Lei 13415/2017, e a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). O currículo empreendedor, objeto deste estudo, constitui
um dos eixos estruturantes dos Itinerários Formativos da BNCC e mostra-se uma alternativa
viável para a formação de jovens que tenham competências e habilidades para ter sucesso em
sua vida pessoal-profissional. O objetivo deste estudo consiste em analisar o itinerário
formativo de empreendedorismo para o desenvolvimento de competências nos estudantes
concluintes do ensino médio de uma escola da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul.
Trabalhamos com a seguinte questão de investigação: Quais são os impactos do itinerário
formativo de empreendedorismo no desenvolvimento de competências dos estudantes
concluintes do ensino médio, de uma escola da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul,
localizada na região metropolitana de Porto Alegre, segundo o entendimento da equipe de
gestão escolar, dos professores, dos estudantes e seus respectivos pais ou responsáveis?
Metodologicamente tratou-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Como
recursos metodológicos, utilizamos pesquisa bibliográfica, análise documental, questionário e
grupo focal. Os dados coletados foram interpretados a partir da Análise de Conteúdo baseada
em Bardin. Os Resultados evidenciaram: Competências Empreendedoras da matriz curricular
do itinerário de empreendedorismo: Saber Ser; Tecnologia Digital; Inserção Profissional;
Comunicação de Diferentes Formas; Visão Sistêmica, Análise Crítica; Tomada de Decisão;
Trabalho Colaborativo; Criatividade; Busca Ativa de Informações, contudo essas mostraramse difusas em relação ao seu entendimento; Diferentes percepções sobre empreendedorismo
(informal, cooperado, social e do próprio negócio), mostrando a importância da apropriação
dos conceitos e das práticas inerentes à temática pela equipe docente e diretiva da escola;
Necessidade de efetivar e consolidar Políticas Públicas empreendedoras na educação,
especialmente no que se refere à carga horária excessiva dos componentes curriculares, à
carência de material pedagógico e à falta de formação continuada para os professores, à
instauração de tempos e espaços de troca de ideias e compartilhamento de experiências e à
formação de parcerias; Formação docente para o empreendedorismo, com a preparação teórica
e relacionada às novas metodologias de aprendizagem; Competências empreendedoras para
autonomia e colaboração, com a implantação de espaços de criação que promovam o
protagonismo docente e juvenil; e Ressignificação dos sonhos estudantis por meio de uma
educação empreendedora, a qual deve possibilitar que os estudantes identifiquem e
potencializem suas qualidades pessoais na construção e realização de seus sonhos. Concluímos
que é de extrema importância o desenvolvimento de um currículo empreendedor no Novo
Ensino Médio, que oportunize a formação por competências, promovendo mobilidade social e
a inclusão permanente no mundo social e laboral. |
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