Abstract:
A presente dissertação busca demonstrar de maneira teórico e prática, como a Cultura Hip
Hop estimula Educabilidades para um Ensino de História Antirracista na Educação Formal,
com a finalidade de colocar em prática a Lei 10.639/03. O suporte teórico foi construído
pelo viés de uma Educação Decolonial, por meio de estratégias de utilização dos elementos e pilares da Cultura Hip Hop como conteúdos e metodologias, no intuito de incentivar
engajamento e alegria dos encontros nos espaços educacionais formais, fomentando modos
de re-existir diante dos desafios de um espaço que foi reservado, um lugar à margem. Lança
mão da noção do Sentipensar como fundamental para entendermos e produzirmos reações
ao racismo na sociedade e no Ensino de História. O trabalho foi desenvolvido com o suporte do Grupo de Pesquisa em Educação Intercultural na linha de pesquisa Formação de
Professores, Teorias e Práticas Educativas da Unilasalle. A LDBE fundamenta tais necessidades e buscamos essas estratégias por meio das Educabilidades, ações coletivas e rastros
ancestrais das culturas africanas e ameríndias, presentes na estética e ética da Cultura Hip
Hop que, majoritariamente, encontramos no espaço da rua, um dos territórios privilegiados
de manifestação, produção e sociabilização. Foi produzida uma sistematização após realizarmos e observarmos atividades práticas de Ensino de História no 9°ano, em uma Escola
Municipal de Ensino Fundamental do Município de Sapucaia do Sul. As Educabilidades
da Cultura Hip Hop criam condições de desenvolvermos no Ensino Formal a educação de
forma crítica e horizontal, utilizando estratégias e técnicas como a roda ancestral, sample e
mixagem de conteúdos e o Sentipensar por meio da arte promovida pelo Hip Hop em seus
diversos elementos e plataformas.