Abstract:
Esta investigação está inserida na linha de pesquisa ―Formação de Professores,
Teorias e Práticas Educativas‖ do Curso de Mestrado da Universidade La Salle.
Partindo da dúvida/problema: Será possível transpor as dificuldades de
aprendizagem dos alunos de LA através de um (re)fazer das ações docentes
pautadas pela horizontalidade e pelo diálogo? A pesquisa teve por objetivo principal:
Analisar a ação docente das professoras de LA na rede municipal de educação de
Sapucaia do Sul/RS. Ancorada pelo pensamento descolonial, esta trilha investigativa
participante, pautou-se na ideia de um caminho percorrido no formato de trilha. O
aporte teórico foi construído a partir de autores como Quijano, Mignolo, Walsh, Sara
Berkin, Olaf Kaltmeir, Arias e Luiz Rufino, entre outros. Assim, através do diálogo
com as docentes, buscou-se compreender quem são as professoras que atuam nos
LAs das escolas desta rede ensino. Como metodologia, para coleta e análise dos
dados, esta pesquisa participante inspirou-se nos preceitos da IAP (investigação
Ação Participativa) de Fals Borda e nos preceitos das Metodologias Horizontais.
Para a coleta de dados utilizou-se além das rodas de conversa com as participantes,
elementos bibliográficos, revisão de literatura, questionário/convite. Os dados
coletados, analisados e discutidos foram separados por grupos de interesse,
denominados de ―Atalhos‖. Atalho 1 - Professora de LA e as relações com alunos e
equipe pedagógica. Atalho 2 - Ação e formação docente. Atalho 3 - O espaço do
LA. Como resultados evidenciou-se que as Professoras do LA: se constituem
através de ações autorreflexivas e autoformativas e entendem que a metodologia
aplicada deve se adequar às necessidades do aluno. Constatou-se a necessidade
de formações continuadas e para análise futura, a hipótese de o LA vir a ser um
espaço múltiplo de partilha de práticas metodológicas entre os professores. A
análise de literatura permitiu dar-se conta de três aspectos. O primeiro refere-se às
ações metodológicas, evidenciando que as professoras do LA, buscam
constantemente por estratégias metodológicas diversas que atendam a demanda
dos estudantes. O segundo aspecto, refere-se à necessidade de formações
continuadas para as professoras do LA. O terceiro aspecto que faz referência ao
espaço do LA, também trouxe para a discussão a hipótese de transformar o LA em
um espaço múltiplo de atendimento para alunos e docentes. Assim, tendo o
pensamento descolonial como uma possibilidade outra de pensar a educação,
conclui-se que é possível transpor as dificuldades de aprendizagem dos alunos do
LA através um (re)fazer docente pautado pela horizontalidade e pelo diálogo.
