Competências docentes para a efetividade da educação inclusiva nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Abstract

No cenário mundial, a Educação Inclusiva é um movimento de ação social, cultural, pedagógica e política, iniciado em defesa dos direitos de todos os estudantes, para estarem juntos, compartilhando e aprendendo, sem discriminação. A dissertação de abordagem qualitativa e do tipo Estudo de Caso tem como problema de investigação: Quais são as competências docentes necessárias para a efetividade da Educação Inclusiva, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, segundo o entendimento dos docentes que atuam em uma escola da rede pública do município do Rio Preto da Eva, no Amazonas? O estudo se insere na Linha de Pesquisa Formação de Professores, Teorias e Práticas Educativas, do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade La Salle, Minter-Manaus e o objetivo geral consistiu em refletir sobre as competências docentes necessárias para efetividade da Educação Inclusiva, nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A unidade de análise foi uma escola da rede pública do município de Rio Preto da Eva, no Amazonas. Os participantes do estudo foram os docentes que exercem à docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os instrumentos para a coleta de dados consistiram no Referencial Curricular Amazonense e um questionário disponibilizado por meio da ferramenta google forms. A análise dos dados foi realizada com base na Técnica de Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin. O referencial teórico está fundamentado nos pressupostos de Perrenoud, no que se refere às competências docentes e nos dispositivos legais, que versam sobre a Educação Inclusiva e regulam a ação educativa no Ensino Fundamental. Os dados foram analisados segundo as orientações de Bardin sobre a técnica da Análise de Conteúdo, tendo emergido três categorias: conhecimento, empatia e práticas pedagógicas. Os resultados sinalizam que as competências relatadas pelos docentes participantes da pesquisa estão em sintonia com o que aponta Perrenoud: Conhecimento, iniciativa, responsabilidade, compromisso, cooperação, responsabilidade e cidadania, liderança, empatia, acolhimento, acompanhamento, aprimoramento, qualificação, formação, afetividade, comunicação, argumentação, diálogo, autoconhecimento, autocuidado, criatividade, motivação, positividade, estratégias pedagógicas, avaliação inclusiva e adaptativa, planejamento, habilidades socioemocionais, pensamento crítico e científico e cultura digital. Dessa forma, a pesquisa suscita estudos futuros relacionados à Educação Inclusiva, pensando sempre na valorização da diversidade como aspecto fundamental para uma educação que reconheça as complexidades do processo de ensino e aprendizagem, que considere os fatores como a realidade do aluno e o contexto de vida social, cultural e política. Nesse sentido, vislumbramos novos estudos de caso, seja junto de famílias ou de estudantes, possibilitando outras discussões e investigações acerca de uma temática tão necessária e importante, seja do ponto de vista científico, histórico ou social.