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A presente pesquisa tem origem na trajetória acadêmica e profissional da
pesquisadora, com formação em Pedagogia e mais de 20 anos de atuação na
Educação Básica como professora e, atualmente, como orientadora educacional,
quando passa também a orientar os professores em suas práticas pedagógicas. Tal
trajetória alia-se ao ingresso no curso de Mestrado em Educação, na linha de
pesquisa Formação de Professores, Teorias e Práticas Educativas, e ao grupo de
pesquisa Gestão Educacional em diferentes contextos, na qual se projeta a presente
pesquisa. Partindo das inquietações advindas desta trajetória, a investigação tem
como objetivo analisar a formação inicial dos professores dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, proporcionada atualmente pelo curso de Pedagogia, e seus
pontos de (des)conexão com as demandas formativas apontadas pelas professoras
dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola de periferia, oriundas dos
desafios cotidianos por elas vivenciados. A metodologia usada na referida pesquisa
é de abordagem qualitativa e será realizada em uma escola de Educação Básica,
localizada na periferia de Porto Alegre/ RS. A coleta de dados foi realizada pelo
questionário apresentado às professoras da Educação Básica. Os dados coletados
foram analisados por meio do método de análise de conteúdo. Embasam esta
pesquisa autores como Freire (2011), Tardif (2002), Pimenta (1999), Nascimento
(2021) dentre outros. A partir da análise dos dados constatou-se que as professoras
enfrentam inúmeros desafios cotidianos próprios de uma escola de periferia, como a
desestruturação familiar, a dificuldade de articulação com as famílias, de mostrar aos
alunos que existem outras possibilidades para além daquela realidade, a
necessidade de adaptar as estratégias de ensino para atender às necessidades e
dificuldades dos estudantes, dentre outras. No que se refere à formação no curso de
Pedagogia as professoras reconhecem que o estudo das teorias pedagógicas
constituem subsídios importantes para sua atuação e para o desenvolvimento de
uma postura crítico-reflexiva, em contrapartida, destacam que a realidade específica
de uma escola de periferia não é diretamente abordada no curso, o que seria um
ponto de desconexão, salientando como demandas formativas o estudo sobre
emoções e comportamento humano e sua relação com a aprendizagem, diversidade
e inclusão. |
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