Educação, autoridade e juventudes: lutas por reconhecimento na atualidade

Abstract

Esta pesquisa está vinculada à Linha de Pesquisa “Culturas, Linguagens e Tecnologias na Educação”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade La Salle – UNILASALLE, e articula-se ao conjunto das investigações desenvolvidas no âmbito do Grupo de Pesquisa “Cultura Contemporânea, Sociabilidades e Práticas Educativas” (CNPq). Tem como tema central as relações entre educação, autoridade e juventudes, discutindo de modo particular as relações sociais entre jovens na atualidade. O objetivo central da pesquisa consiste em identificar e discutir os sentidos de autoridade entre jovens na atualidade, com o intuito de sustentar a pertinência da seguinte tese: há necessidade de um tipo intersubjetivo particular de exercício de autoridade na relação professor-aluno, sobretudo na relação com jovens estudantes, para atender a uma demanda psicológica de pertencimento social expressa na luta por reconhecimento, possibilitando com isso uma mitigação de conflitos, assim como uma melhor valorização da escola e de seus protagonistas. Tal tipo particular de exercício de autoridade implica, simultaneamente, um horizonte de compreensão recíproca e disposição para o reconhecimento mútuo, o que apenas a experiência do diálogo pode oferecer. Do ponto de vista teórico está delineado como um estudo na fronteira entre a sociologia e a filosofia da educação, servindo-se especialmente da teoria social de Axel Honneth e da perspectiva hermenêutica filosófica, orientada pelos pressupostos de Hans-Georg Gadamer. No que toca aos procedimentos, a pesquisa foi desenvolvida por meio de um ensaio teórico, associado à coleção e exame de comentários/discussões de jovens estudantes, a partir de situações-problema concretas da realidade escolar evidenciadas em vídeos no Youtube, com interpretação por Análise Textual Discursiva (ATD). Este trabalho está organizado e apresentado na forma de 4 artigos científicos que, em conjunto, demarcam o referencial teórico, as opções epistêmico-metodológicas e o campo – tanto conceitual quanto empírico – do estudo desenvolvido.